Preciso Viver 2022 | Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí
Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí

Caminhos do paciente oncológico" é tema da campanha Preciso Viver 2022

Iniciativa é realizada em todo o país e no Piauí quem coordena a ação é a Rede Feminina de Combate ao Câncer.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o Brasil conta com mais de 1,5 milhão de pessoas que dependem de tratamento oncológico, número que tende a aumentar este ano para 625 mil novos casos de acordo com a previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A realidade ainda mostra que os pacientes enfrentam uma série de barreiras que impedem o tratamento rápido e eficiente. Frente a isso, a Rede Feminina Nacional de Combate ao Câncer (RFNCC) realiza mais uma edição da campanha Preciso Viver, que em 2022 traz como tema "Caminhos do paciente oncológico".

Localmente, quem promove a ação é a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí (RFCC-PI). A campanha é realizada há cinco anos tendo como 8 de abril como o dia D, estipulado no calendário como a data Nacional de Combate ao Câncer. O intuito é potencializar a importância de um tratamento oncológico digno, humano e eficaz, bem como alertar e levar conhecimento à população sobre o tema e garantir que todos os pacientes oncológicos tenham tratamento adequado. Tudo isso de forma coordenada e em comum acordo com as voluntárias e associações estaduais do país.

Carmen Campelo, presidente da RFCC-PI, explica que a campanha deste ano visa mostrar o cenário que seria ideal na luta contra o câncer versus o que ocorre diariamente na vida dos pacientes. O ponto chave é reforçar junto à população, órgãos competentes e corpo médico que logo nas primeiras consultas o ideal é que o paciente já seja encaminhado para um médico especializado ou tratamento específico. "Para isso, é necessário que desde a graduação os profissionais estejam capacitados para atender os pacientes, com o intuito de dirimir as chances de progresso de vários tipos de câncer", pontua.

O tema "Caminhos do paciente" vem exatamente da inquietação diante da realidade que mostra cada vez mais voluntários, pacientes e profissionais da saúde assistindo às dificuldades que o paciente enfrenta ao ingressar no serviço de saúde público antes mesmo do tratamento. Para melhorar esse cenário, é imprescindível medidas mais eficazes. Além do encaminhamento adequado, garantir acesso mais facilitado (e online) do prontuário médico pelo próprio paciente e/ou seus familiares também é um passo que contribui nessa luta.

Carmen ainda acrescenta que há pouco acesso à saúde básica, o que dificulta o tratamento e a cura. "Para além disso, muitos profissionais, às vezes por falta de conhecimento específico na área de oncologia, acabam passando uma série de medidas paliativas para sanar, temporariamente, as queixas dos pacientes. O resultado é um diagnóstico tardio, em um quadro avançado e, geralmente, sem possibilidade de cura", conclui a presidente.

Impulsionar as informações sobre o tratamento oncológico, reforçar a necessidade de especialização adequada para todos os profissionais da área da saúde — para que identifiquem os sinais de algum tipo de câncer — e investir no Sistema Único de Saúde (SUS) são alguns dos pontos base da campanha Preciso Viver deste ano.